Oclusão e Bruxismo
A oclusão corresponde a qualquer contacto entre os dentes superiores e os inferiores.
No entanto, a definição só está completa quando considerada a relação dinâmica, morfológica e funcional entre todos os componentes do órgão mastigatório: os dentes, as estruturas de suporte dos dentes, o sistema neuromuscular, as articulações temporomandibulares e o esqueleto craniofacial.
Numa oclusão fisiológica deve haver uma relação harmoniosa entre o maxilar e a mandíbula, sem interferências ou prematuridades (provocadas por má posição dentária, entre outras situações), onde o côndilo mandibular se encontra bem posicionado relativamente à cavidade glenóideia (articulação temporomandibular).
A maioria dos desequilíbrios traduzem-se em dor na articulação temporomandibular, dor de ouvido, dor de cabeça, dificuldade e limitação nos movimentos mandibulares e, em casos extremos, ao bloqueio da mandíbula com impossibilidade de a fechar.
As DTM (disfunções temporomandibulares) são alterações patológicas relacionadas com a articulação temporomandibular (ATM), que articula o crânio e a mandíbula, podendo ser tanto da parte muscular mastigatória, ligamentar e nervosa, na região buco-facial ou cervical.
Pode ter como consequência dores de cabeça ou pescoço, dores na região do ouvido, ruídos articulares (estalos), zumbidos no ouvido, limitação de abertura bucal, desgaste nos dentes e dificuldades na mastigação.
De etiologia ainda não definida é, no entanto, multifatorial, e acredita-se que o stress seja o principal fator que desencadeia uma DTM, para além de hábitos parafuncionais como o bruxismo, traumas na região da cabeça e pescoço, má postura e má oclusão.